São Marcos sem “ Dedicação Total “


Esta Dedicação Total, tem a sua razão de ser, nada têm feito, tanto C.M.Sintra como Junta de freguesia de São Marcos, neste nosso concelho, perdido e desprezado. Portanto as iniciais da D"edicação T"otal, é anunciar DERROTA TOTAL ou DERROTA TRISTE ou melhor DEDICAÇÃO TRISTE. Nem com TVI, nem com futebóis, nem com livrinhos, e ainda com o leitão de Negrais se salvam.

Legislativas

São Marcos é Socialista. PS 38,43 / PSD 17,1 / BE 15,69 / CDS 11,96 / CDU 8,9

Votar... Direito e Dever


A democracia constrói-se com a participação activa de todos os cidadãos. A escolha dos governantes e as grandes opções para a organização e desenvolvimento do país, não pode ser-nos indiferente. Todos devemos sentir-nos responsáveis pela construção de um Portugal melhor. Uma das formas privilegiadas de intervir neste processo é votar. A cidadania deve ser exercida por todos e cada um. Não devemos permitir que os outros decidam por nós. No meio de tanta confusão, as pessoas sentem-se tentadas a abdicar do seu direito e dever de votar. Isso será altamente negativo para o cidadão e para o país. Apesar da proliferação de ideias pró e contra, cada cidadão deve informar-se o melhor possível, averiguar a contra-informação e formar o seu juízo crítico e votar .

Voluntário é ...

Nos dias de hoje falar de trabalho voluntário ou simplesmente voluntariado, não é tarefa fácil. As múltiplas solicitações e dispersões que nos rodeiam – TV, Vídeo, cinema, desporto, computador... muito ajudam a justificar a falta de tempo e, de modo algum contribuem para que haja motivação dirigida para dispor de tempo dedicado aos que de nós possam necessitar. Desde muito cedo, e permanentemente, ouvimos dizer: “tudo tem um custo”, “a vida está cara” ou “há que trabalhar para ganhar o pão de cada dia” e tudo nos orienta o comportamento para a necessidade do dinheiro, de o ganhar para obter uma mais valia material. Alguém verá, ao ler estas palavras, algum ‘fatalismo’, que no futuro apenas teremos uma sociedade despersonalizada, onde o dinheiro será o objectivo supremo do homem. Devemos combater a tendência a tudo relativizar com base no dinheiro e ter presente que é no homem e nos seus valores que está a aposta numa vida mais saudável e feliz. Esta orientação deve ser seguida desde muito cedo e uma excelente escola de aprendizagem é sem dúvida a ocupação de tempos livres dedicada, de forma voluntária e gratuita, em favor de pessoas mais carenciadas. Mas para que se possa aderir ao voluntariado, que devemos definir como trabalho não remunerado, é necessário reunir, no mínimo, três condições: ter um objectivo, haver motivação e concretizar um projecto. O trabalho voluntário é, sobretudo uma escola de aprendizagem e enriquecimento pessoal. O espírito aberto e receptivo é uma constante que facilita a entrega plena ao próximo e, desta forma, obter resultados surpreendentes.

Gripalhada…


A gripe A, como agora lhe chamam, ou a H1N1, como os técnicos a denominam com frequência, ameaça espalhar-se por todo o lado transformando-se na pandemia que todos temiam. Com o avançar do calendário já começam a traçar-se medidas de contingência para enfrentar a pandemia. Portugal é um país de brandos costumes, onde ainda há quem sonhe com o D. Sebastião, continua a estar atrasado nestes planos de segurança e de emergência, mostrando os responsáveis uma grande calma e optimismo, o que não nos deixa descansados. Não percebo nada de medidas de saúde, mas começo a ficar algo preocupado com o facto de se estar na época alta do turismo (ainda que este ano isso seja quase um eufemismo), e ainda não ter visto movimentações na área do turismo, não só nos aeroportos, ou agentes de viagens, como no Património, hotéis e restauração. As vacinas que a senhora ministra deseja reservar não contemplam estes grupos profissionais, pelo que deduzi das suas declarações, e isso não é um bom sinal atendendo ao facto conhecido de que até agora só se registaram casos “importados”.
Espero que não venhamos a pagar cara esta relativa passividade.

Obrigação ou opção…de ser solidário

Gosto muito mais de encarar a solidariedade como opção do que como obrigação. Para mim a opção obriga-me a uma argumentação comigo mesmo. A correr um risco.
Opto por ser solidário porque não quero estar só. Para nos sentirmos acompanhados não basta saber que os outros existem, nem acompanhar ninguém só pelo facto de estarmos vivos. A partilha é tão gratificante, pelo simples facto de nos aproximar.

Zona Fronteiriça

Viver na fronteira de qualquer coisa nunca me parece coisa fácil. Porque nunca se sabe muito bem para que lado se quer cair e ainda piora se até nem temos vontade de cair. Vivo no concelho de Sintra, mas basta atravessar a estrada e estou em Oeiras. Agora imaginem tempo de eleições, uma rotunda e de um lado um cartaz com o Seara a dizer que «Ninguém pára Sintra», do outro o Isaltino a responder «Eu não vou deixar Oeiras parar». É mau demais... O que vale é que temos outras alternativas.

Ana Gomes e Cristina Mesquita visitam AASM

A Drª Ana Gomes, actual deputada europeia e candidata à Câmara Municipal de SintraPartido Socialista, conjuntamente com a Drª Cristina Mesquita candidata à Junta de Freguesia de São Marcos pelo Partido Socialista, visitaram no passado dia 27 de Julho de 2009, pelas 15h00 a Associação Amigos de São Marcos. O objectivo destas iniciativas prende-se com a intenção de construir um programa eleitoral participado e a necessidade de aproximar cada vez mais eleitos dos eleitores, bem como as candidatas se inteirarem do funcionamento e trabalho desenvolvido na Associação Amigos de São Marcos, tomando notas sobre as dificuldades que a Instituição enfrenta diariamente pela falta de apoios.

ANA GOMES VISITOU A FREGUESIA DE SÃO MARCOS


ANA GOMES VISITOU A FREGUESIA DE SÃO MARCOS

Na perspectiva de conhecer melhor os problemas e potencialidades do Concelho, de sentir as necessidades e preocupações das populações através de um contacto directo, Ana Gomes passou grande parte do dia 11 de Julho na Freguesia de São Marcos, sempre acompanhada por Cristina Mesquita, candidata do Partido Socialista àquela autarquia, e muita população que quis apresentar as suas preocupações, as suas soluções e ouvir a opinião das duas candidatas. Jornada feita a pé, ouvindo e falando com as pessoas, porque, para Ana Gomes “Os responsáveis políticos não podem decidir se não conhecerem a realidade das populações. É preciso um contacto directo, sempre, ouvir as pessoas e sentir os seus problemas. Fechado na redoma de um gabinete, não se pode governar em consciência”.

EM VALE, REBOLIAS E SÃO MARCOS
A primeira parte do programa da visita destinou-se a conhecer melhor o trabalho e os esforços da Administração Conjunta da Área Urbana de Génese Ilegal (AUGInº94) de São Marcos, Vale e Rebolias. Tecnicamente muito bem preparados e com um trabalho notável de anos, no merecido intuito de verem as suas propriedades legalizadas, tanto mais que é um direito constitucional que lhes assiste.
João Geraldes, presidente daquela AUGI, fez uma apresentação, em diapositivos, de todo o trabalho efectuado, estando os estudos todos terminados e, para espanto de todos os presentes, embora tenham encontrado grande receptividade e aprovação por parte da CCDR de Lisboa e vale do Tejo, entidade que se rege por leis a nível nacional, na Câmara Municipal de Sintra só têm encontrado complicações, entraves, falta de interesse que tem arrastado este processo. “Nas Finanças, estes lotes são considerados urbanos e, por isso, somos todos contribuintes normais, pagamos os nossos impostos, incluindo o IMI. Ou seja, cumprimos os nossos deveres de cidadãos, mas não temos direitos”, concluiu João Geraldes.
Ana Gomes considera que a resolução das AUGI’s deve ser prioritária. Para a candidata do PS à presidência da Câmara de Sintra, “É inaceitável que um Concelho como Sintra tenha 103 AUGI, as mesmas que tinha em 2001, e nestes últimos oito anos nada tenha sido feito para resolver o problema”. Por sua vez, Cristina Mesquita acha que a resolução do problema passa por “Um trabalho conjunto, permanente, entre a Câmara, a Junta de Freguesia e as Associações”.

AUGI DA ENCOSTA DE SÃO MARCOS
Sempre a pé, num constante contacto com a população que, em grande número, se ia juntando à comitiva, Ana Gomes foi sentindo e percebendo a enorme tristeza das pessoas, sobretudo as mais idosas, que não querem terminar a sua vida sem resolver este problema: “Deixar isto sem solução aos meus filhos e netos é, para mim, um grande desgosto”, afirmava emocionada uma das proprietárias.
Com problemas idênticos à anterior, à AUGI da Encosta de São Marcos acresce ainda um outro: a Linha de Muito Alta Tensão, com alguns dos postes quase no quintal das pessoas e que, segundo José Martins, tesoureiro da associação local, tem provocado vários problemas de saúde na localidade. Muitos são os casos de cancro, disfunções nervosas, mau estar, etc. Formada em 2003, esta AUGI também continua a aguardar resolução por parte da Câmara, onde continua a encontrar pouca vontade, muita inércia e um adiar propositado da resolução.
Dali, continuou a visita a outra AUGI, desta feita a do Bairro da Bela Vista, a única das 104 existentes em 2001 que foi semi-legalizada, “Talvez por morar ali um dos vereadores da Câmara”, conforme era voz corrente entre os populares.

AUGI DO BAIRRO DA BELA VISTA
No bairro da Bela Vista, Ana Gomes, Cristina Mesquita e a restante comitiva foi recebida por Joaquim Macedo, presidente daquela associação. De facto, a única AUGI da Freguesia que se encontra em vias de legalização e, paradoxalmente, aquela que apresenta maiores problemas urbanísticos, apenas tem, até ao momento 23 das quase duzentas casas legalizadas.
Com graves problemas de espaço público, de inexistência de arruamentos capazes, passeios, etc., tem ainda um verdadeiro esgoto a céu aberto que representa um perigo para a saúde daquela população.
Todas estas AUGI esperam a construção da Circular Nascente e do enterramento das Linhas de Muito Alta Tensão, obras tão prometidas pelo actual presidente da Câmara. Mas as esperanças já são poucas, ou nenhumas, a bem dizer.

EM CASAL DO COTÃO
Neste programa, ainda tempo para uma visita a Casal do Cotão, outra povoação da Freguesia de São Marcos que sente, a bom sentir, o abandono por parte da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. Ana Gomes pode verificar a falta de cuidado com os espaços verdes, sem qualquer arranjo ou manutenção, muito lixo pelas ruas, ausência de espaços para as crianças brincarem, etc.
A acompanhar as candidatas estiveram, para além de muitos residentes, os membros de uma nova associação local, criada há pouco mais de um mês, a Associação Mente Traquina, que tem como principal objectivo trabalhar com as crianças da localidade, acompanhá-las no seu crescimento que se pretende saudável, dinamizar actividades, passeios, etc.. Para isso, necessitavam de uma sede, um local onde, sobretudo de Inverno, pudessem acolher as crianças e aí fazerem as suas actividades. Colocaram a questão ao actual presidente da Junta que, pasme-se, mostrou total desinteresse.
Cristina Mesquita, no seu programa à Freguesia de São Marcos, tem como uma das prioridades a recuperação e requalificação do espaço público em Casal do Cotão.
Na perspectiva de conhecer melhor os problemas e potencialidades do Concelho, de sentir as necessidades e preocupações das populações através de um contacto directo, Ana Gomes passou grande parte do dia 11 de Julho na Freguesia de São Marcos, sempre acompanhada por Cristina Mesquita, candidata do Partido Socialista àquela autarquia, e muita população que quis apresentar as suas preocupações, as suas soluções e ouvir a opinião das duas candidatas. Jornada feita a pé, ouvindo e falando com as pessoas, porque, para Ana Gomes “Os responsáveis políticos não podem decidir se não conhecerem a realidade das populações. É preciso um contacto directo, sempre, ouvir as pessoas e sentir os seus problemas. Fechado na redoma de um gabinete, não se pode governar em consciência”.

EM VALE, REBOLIAS E SÃO MARCOS
A primeira parte do programa da visita destinou-se a conhecer melhor o trabalho e os esforços da Administração Conjunta da Área Urbana de Génese Ilegal (AUGInº94) de São Marcos, Vale e Rebolias. Tecnicamente muito bem preparados e com um trabalho notável de anos, no merecido intuito de verem as suas propriedades legalizadas, tanto mais que é um direito constitucional que lhes assiste.
João Geraldes, presidente daquela AUGI, fez uma apresentação, em diapositivos, de todo o trabalho efectuado, estando os estudos todos terminados e, para espanto de todos os presentes, embora tenham encontrado grande receptividade e aprovação por parte da CCDR de Lisboa e vale do Tejo, entidade que se rege por leis a nível nacional, na Câmara Municipal de Sintra só têm encontrado complicações, entraves, falta de interesse que tem arrastado este processo. “Nas Finanças, estes lotes são considerados urbanos e, por isso, somos todos contribuintes normais, pagamos os nossos impostos, incluindo o IMI. Ou seja, cumprimos os nossos deveres de cidadãos, mas não temos direitos”, concluiu João Geraldes.
Ana Gomes considera que a resolução das AUGI’s deve ser prioritária. Para a candidata do PS à presidência da Câmara de Sintra, “É inaceitável que um Concelho como Sintra tenha 103 AUGI, as mesmas que tinha em 2001, e nestes últimos oito anos nada tenha sido feito para resolver o problema”. Por sua vez, Cristina Mesquita acha que a resolução do problema passa por “Um trabalho conjunto, permanente, entre a Câmara, a Junta de Freguesia e as Associações”.

AUGI DA ENCOSTA DE SÃO MARCOS
Sempre a pé, num constante contacto com a população que, em grande número, se ia juntando à comitiva, Ana Gomes foi sentindo e percebendo a enorme tristeza das pessoas, sobretudo as mais idosas, que não querem terminar a sua vida sem resolver este problema: “Deixar isto sem solução aos meus filhos e netos é, para mim, um grande desgosto”, afirmava emocionada uma das proprietárias.
Com problemas idênticos à anterior, à AUGI da Encosta de São Marcos acresce ainda um outro: a Linha de Muito Alta Tensão, com alguns dos postes quase no quintal das pessoas e que, segundo José Martins, tesoureiro da associação local, tem provocado vários problemas de saúde na localidade. Muitos são os casos de cancro, disfunções nervosas, mau estar, etc. Formada em 2003, esta AUGI também continua a aguardar resolução por parte da Câmara, onde continua a encontrar pouca vontade, muita inércia e um adiar propositado da resolução.
Dali, continuou a visita a outra AUGI, desta feita a do Bairro da Bela Vista, a única das 104 existentes em 2001 que foi semi-legalizada, “Talvez por morar ali um dos vereadores da Câmara”, conforme era voz corrente entre os populares.

AUGI DO BAIRRO DA BELA VISTA
No bairro da Bela Vista, Ana Gomes, Cristina Mesquita e a restante comitiva foi recebida por Joaquim Macedo, presidente daquela associação. De facto, a única AUGI da Freguesia que se encontra em vias de legalização e, paradoxalmente, aquela que apresenta maiores problemas urbanísticos, apenas tem, até ao momento 23 das quase duzentas casas legalizadas.
Com graves problemas de espaço público, de inexistência de arruamentos capazes, passeios, etc., tem ainda um verdadeiro esgoto a céu aberto que representa um perigo para a saúde daquela população.
Todas estas AUGI esperam a construção da Circular Nascente e do enterramento das Linhas de Muito Alta Tensão, obras tão prometidas pelo actual presidente da Câmara. Mas as esperanças já são poucas, ou nenhumas, a bem dizer.

EM CASAL DO COTÃO
Neste programa, ainda tempo para uma visita a Casal do Cotão, outra povoação da Freguesia de São Marcos que sente, a bom sentir, o abandono por parte da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. Ana Gomes pode verificar a falta de cuidado com os espaços verdes, sem qualquer arranjo ou manutenção, muito lixo pelas ruas, ausência de espaços para as crianças brincarem, etc.
A acompanhar as candidatas estiveram, para além de muitos residentes, os membros de uma nova associação local, criada há pouco mais de um mês, a Associação Mente Traquina, que tem como principal objectivo trabalhar com as crianças da localidade, acompanhá-las no seu crescimento que se pretende saudável, dinamizar actividades, passeios, etc.. Para isso, necessitavam de uma sede, um local onde, sobretudo de Inverno, pudessem acolher as crianças e aí fazerem as suas actividades. Colocaram a questão ao actual presidente da Junta que, pasme-se, mostrou total desinteresse.
Cristina Mesquita, no seu programa à Freguesia de São Marcos, tem como uma das prioridades a recuperação e requalificação do espaço público em Casal do Cotão.

Um problema social

A onda de violência e assaltos dos últimos tempos, vem desmistificar uma crença que conservei durante toda a vida. A de que “o homem nasce bom e a sociedade o corrompe”. No entanto, actualmente eu atrevo-me sem medo a inverter os factores desse ideal romântico e dizer que "o homem nasce mau e que cabe à sociedade mudá-lo. Redimi-lo do mal congénito através da acções e práticas organizadas das instituições. Quando falamos em instintos, estamos nos referindo ao que o homem guarda na sua essência. Características com as quais ele nasce e provavelmente com elas morrerá. A “crueldade” faz parte destes instintos. O que nos permite viver em sociedade sem agredir uns aos outros são as regras de conduta apreendidas culturalmente. São os moldes que a civilização impõe. O homem não nasce puro como um anjo. Ao contrário. Nasce com todas as suas ambiguidades e conflitos. Ao longo do tempo vai sendo castrado e gradualmente torna-se apto a controlá-las. Desde criança o homem é educado a acreditar que o mal é pecado, que ferir ao próximo é pecado, que transgredir regras é errado, e por aí fora. O que de forma alguma exclui os “maus sentimentos”. Eles ficam apenas oprimidos e escondidos no íntimo de cada um. Levando o assunto para uma análise. Os jovens não conhecem os limites. Não sabem o que é considerado certo e errado. Enquanto a sociedade vai impondo as condições. Os homens já foram bárbaros. Foi em seu processo evolutivo que ele adquiriu a noção de civilidade. Noção esta que está directamente ligada à construção das sociedades. Teoricamente formadas com a função de nos proteger. Mas o que acontece quando o homem se sente excluído dessa sociedade? Quando ele percebe que não faz parte da mesma? Quando ele percebe que o que foi criado para protegê-lo e educá-lo e isso não acontece? Exactamente como todos estes crimes que estamos presenciando agora. Como valorizar a vida do outro se a sua é totalmente descartável? Como pensar em certo e errado se a educação nunca chegou até ele? Como reprimir instintos e limites ? O problema da violência urbana não é falta de segurança. É falta de ética. O problema da violência urbana não é falta de polícia. É um problema social. Não se pode só culpabilizar alguém que está excluído da sociedade. Pensando ao contrário, o criminoso não se sente na obrigação de seguir as leis da sociedade se ele não se sente parte dela. E se a sociedade não cumpre o seu papel, com rigor e competência, o homem retorna à barbárie. Retorna aos seus instintos de sobrevivência, que tem justamente na impunidade o seu maior aliado.

Ser Solidário

Solidariedade pode manifestar-se das mais diversas formas e o curioso é que o mesmo gesto, a mesma acção pode em determinado momento significar solidariedade, noutro não. Há uma tendência para alguns pensarem que a solidariedade exige desprendimento de dinheiro, de muito tempo, de muito esforço. Pode também exigir isso, mas nem sempre é de dinheiro, de muito do nosso tempo nem tão pouco de esforço que o nosso semelhante precisa. Mesmo que precisasse de tudo isso, a alegria pelo bem que se fez, compensava tudo, por excesso. Para se ser solidário, às vezes basta uma palavra, uma carícia, o chamar pelo nome, o dar o ombro, ou mesmo o silêncio. O que não conjuga nunca com solidariedade é a indiferença. Passarmos ao lado de quem sofre, de quem necessita que lhe estenda a mão. Solidariedade, no fundo, é sabermos viver juntos, é compartilharmos o bem e o mal, as vitórias e as derrotas, as alegrias e tristezas. Ser solidário é ajudar o outro sem esperar pagamento, é dar sem esperar receber.

Felizmente, ainda encontramos muita gente com esse sentimento da solidariedade. Continua a preocupar-me o desemprego, a saúde, a segurança, as crianças e os idosos. Por mais medidas legislativas que se tomem e têm tomado e é bom que continuem a tomar, vamos todos ser solidários e deixarmos de a atribuir tudo o que acontece à sorte ou ao destino…

A Existência do Blog

Apesar de não ser das pessoas com o pensamento mais positivo... acredito que ajuda muito pensar positivo... acreditar que as coisas vão mudar e que apenas de nós depende a forma como decidimos conduzir as nossas vidas. Tudo depende muito de um simples acordar com um sorriso nos labios e virar costas a tudo aquilo que não interessa.Estamos a viver um período em que cada vez mais a absorção de informação em massa faz parte do dia-a-dia de todas as camadas sociais. Fazendo parte desse fenómeno a demagogia e interesses pessoais são expostos como verdades absolutas, essas verdades acabam se tornando a realidade, os velhos valores são esquecidos. Por tudo isso se faz necessária a exposição de opiniões que levem a todos a debater e pensar a respeito do que acontece com cada um de nós no nosso quotidiano, questionando dentro de cada um o que é ético, e o que não é, neste ponto a era da informação deu voz a cada um sem discriminações. Com este texto inicio este blog, onde pretendo expor, discutir e conciliar factos, opiniões e acontecimentos do dia-a-dia, acontecimentos que vão desde as coisas mais simples da nossa vida até as manchetes globais que acabam por nos influenciar sempre de alguma forma. Sejam bem vindos, este é o meu blog...