Mentiroso(a) compulsivo(a)


Todos nós já mentimos (infelizmente...) utilizamos e contamos aquela mentira inofensiva para nos livrarmos de alguma chatice.
Apesar de ser contra as regras morais e educacionais da sociedade, estas desculpas podem até ser saudáveis para que treinemos nossa capacidade de jogo de cintura nas agruras do dia-a-dia. 
Mas e quando o mentir torna-se hábito e não mais se consiga viver sem que algo escape a verdade? É normal que as crianças mintam. Esse comportamento fantasioso faz parte do universo infantil, quando o amadurecimento pessoal começa a ser formado.
Porém o que parece uma atitude ingénua pode tornar-se um problema sério na juventude, quando a pessoa começa a se assumir como indivíduo e passa a sustentar relacionamentos sociais adultos. Este sidroma pode se expressar de duas maneiras. A primeira é a mentira compulsiva, em que são inventadas histórias para livrar-se de problemas. Neste caso há consciência sobre aquilo que está a ser feito, porém o mentiroso encara o hábito como uma “mentira boa ou inofensiva”.
Quem sofre do mal cria uma realidade paralela tão boa que passa a acreditar nela.
Nota-se que no mentir compulsivamente ou patologicamente, há a necessidade de inventar fatos para sentir-se bem e equilibrar o humor. O mentiroso goza das histórias que deixa a sua vida mais interessante, agitada e com isso recebe dos outros um destaque e alguma atenção.
Dessa forma, essas doenças surgem como sintomas de outras questões psicológicas, como a depressão e outros problemas emocionais.
Apesar de bem elaborada as histórias fantásticas criadas por mentirosos compulsivos, é possível manter-se atento a alguns lapsos e com isso identificar o mentiroso:

Necessidade de atenção
Há pessoas que precisam do centro das atenções onde quer que estejam. A fim de manter sua popularidade em alta, logo começam a construir uma imagem de si através de mentiras mais leves. Essas mentiras rapidamente se tornam parte da sua personalidade.

Contador de histórias
Eles precisam sentir-se bem, para isso, contam histórias de sua bravura, popularidade e grandes feitos. Eles compõem grandes histórias sobre si mesmos, mas correm o risco de perder seu encanto quando a verdade vem a tona. 

Esconder-se
Quando um mentiroso compulsivo fica preso na sua teia de mentiras, irá inventar outra história sobre como é falsamente incriminado, escusando-se de qualquer culpa ou responsabilidade.

Mesma história, personagens diferentes
Para manter sua bonita e séria aos olhos dos outros, têm de adotar o plágio como uma parte integrante do seu comportamento. Ao contar uma mentira após a outra, podem não perceber que disseram a mesma mentira pra a mesma pessoa mais de uma vez. 

Baixa auto-estima
Baixa auto-estima é uma das principais razões que torna o mentiroso compulsivo. Um complexo de inferioridade impulsiona a pessoa a inventar histórias, o que o faz pensar que é mais importante e apreciado.

Déficit de Atenção e Hiperatividade 
Este é um caso mais comum em crianças, mas há também adultos que sofrem de um temperamento impulsivo e com isso exibem sintomas de mentirosos compulsivos.

Transtorno Bipolar
Pessoas que possuem o diagnóstico de transtorno bipolar sofrem com mudanças drásticas de humor que oscilam entre a depressão e grande agitação (comportamento maníaco). Durante o período maníaco, seu comportamento impulsivo abre caminho e isso, por vezes, os obriga a mentir.

Dependências
Pessoas dependentes de drogas, alcool ou medicamentos, frequentemente apresentam estes sintomas. Eles podem mentir para escapar de situações difíceis, sair de problemas financeiros ou esconder a verdade sobre si da família e amigos.

Negação da realidade
Pessoas que são incapazes de enfrentar a verdade, ou vivem em negação da realidade são verdadeiros mentirosos compulsivos. Eles podem começar com um jogo emocional elaborado que leva a atenção deles e dos outros para longe da realidade em que vivem.

Aposto que ao ler este texto já diagnosticou aquele(a) amigo(a), como mentiroso(a) compulsivo(a) não é verdade?

Deixando de parte as mentiras, o diagnóstico desta patologia deve ser rigoroso, minucioso e atentamente acompanhado. A mentira patológica acontece em pessoas com transtornos de personalidade (excesso de emotividade e busca de atenção) e anti-sociais.

Última nota,quando tratadas prematuramente, diminuem o risco da evolução da doença.


2 comentários:

  1. Caro Paulo Adrego, ao ler os seus artigos depreendo que o amigo e desculpe a minha ousadia de o tratar assim, está desiludido com alguma coisa ou alguém. Sinto que o conheço a muito tempo. Se me permite um conselho Siga em Frente e deixe este tipo de pessoas cair sozinhas. Um beijinho desta sua sempre amiga Menucha.

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    1. Cara (amiga) Menucha! não sei se é quem eu penso... mas obrigado pelas suas palavras e conselho.
      Paulo Adrego

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