Vamos lá a ver, é fácil dizer mal da "Casa dos Segredos". O programa é um atentado à inteligência, fabrica emoções de plástico, apela à coscuvilhice, à dissimulação, à mentira, ao baixo nível. Confunde a plateia com o país - "Portugal inteiro andou esta semana num desassossego para comentar os segredos"..., afirma, categoricamente, Julia Pinheiro.
O programa atinge o climax com a expulsão seja de qual for o morador da "casa", para a qual apela à participação do público, através de chamadas de valor acrescentado, está bem de ver. Produz celebridades que de admirável nada têm (provavelmente nunca terão) e que podem acabar mal, esgotados os seus minutos de fama; já aconteceu. A "Casa dos Segredos" desqualifica quem o vê. É mediaticamente e socialmente irrecomendável.
Porém, ainda que tudo o que acima disse seja a minha opinião, o certo é que é possível outro ponto de vista. O programa vai ao encontro do gosto de uma faixa significativa de telespectadores, logo, compreende o mercado e satisfaz-lhe necessidades, portanto, compreensivelmente, tem sucesso, como comprova o "share".
Dito isto, podia sobrar a questão - que pobre país é este, em que um tal programa é um êxito de bilheteira? Mas não é por aí que se explica o fenómeno. A "Casa dos Segredos" estende no tempo um formato iniciado com o "Big Brother", que teve e tem sucesso noutros países. Trata-se de uma perversidade da "aldeia global". Dito de outra forma, trata-se da globalização da mediocridade. É esse o segredo.
O programa atinge o climax com a expulsão seja de qual for o morador da "casa", para a qual apela à participação do público, através de chamadas de valor acrescentado, está bem de ver. Produz celebridades que de admirável nada têm (provavelmente nunca terão) e que podem acabar mal, esgotados os seus minutos de fama; já aconteceu. A "Casa dos Segredos" desqualifica quem o vê. É mediaticamente e socialmente irrecomendável.
Porém, ainda que tudo o que acima disse seja a minha opinião, o certo é que é possível outro ponto de vista. O programa vai ao encontro do gosto de uma faixa significativa de telespectadores, logo, compreende o mercado e satisfaz-lhe necessidades, portanto, compreensivelmente, tem sucesso, como comprova o "share".
Dito isto, podia sobrar a questão - que pobre país é este, em que um tal programa é um êxito de bilheteira? Mas não é por aí que se explica o fenómeno. A "Casa dos Segredos" estende no tempo um formato iniciado com o "Big Brother", que teve e tem sucesso noutros países. Trata-se de uma perversidade da "aldeia global". Dito de outra forma, trata-se da globalização da mediocridade. É esse o segredo.
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